Mães contam como a coragem e a resiliência fazem parte do dia a dia com os filhos

13 de maio de 2023 - 11:42

Conheça as histórias de trabalhadoras da PGE-CE e a busca constante pelo equilíbrio entre a profissão e a maternidade

Cléo Porto, Isabel Noeme, Jozielma Viana, Liliane Freitas e Thaís Frota compartilham o mesmo endereço de trabalho e a decisão de terem se tornado mães que trabalham fora. A PGE-CE ouviu um pouco das histórias de cinco trabalhadoras da instituição para conhecer mais sobre a rotina de quem escolheu dar a vida a outro ser sem deixar de levar adiante uma trajetória profissional.

Apesar de terem carreiras diferentes e filhos em fases diversas, elas relatam vivências que se encontram no desejo que é o de muitas mulheres: estar presente na educação dos filhos e construir suas vidas profissionais enquanto buscam equilíbrio entre esses papéis. Por meio dessas representantes, a Procuradoria-Geral homenageia todas as mães que fazem a instituição.

Cléo Porto – Serviços Gerais e mãe do José Neto e da Gabriela

Cléo Porto é a mãe de José Neto e Gabriela Porto e há 12 anos trabalha como auxiliar de serviços gerais

Lembrar de ter visto a filha criança chorando algumas vezes quando a mãe precisava se despedir para ir ao trabalho até hoje emociona Cléo Porto. “Não foi fácil equilibrar (o trabalho e a maternidade)”, conta. Choravam as duas, mas era preciso seguir e contribuir para prover o necessário para a família. Hoje, Gabriela (22) trabalha, estuda Administração de Empresas e pode contar com o auxílio da mãe para cuidar da filha de quatro meses. Ela segue os passos do irmão mais velho, Neto (30), que se graduou no mesmo curso, atua em uma grande indústria alimentícia cearense e também tem um filho.

Os filhos e os netos são um grande orgulho para Cléo. “É muito gratificante ver que estão seguindo os caminhos deles”, diz ela, que também é avó do Bernardo e da Manuela. Para a auxiliar de serviços gerais, Neto e Gabriela demonstram gratidão ao esforço e à dedicação que a mãe teve para possibilitar as melhores escolhas aos filhos. Cléo também se sente feliz por constatar que exercer seu trabalho com dignidade e compromisso contribuiu como exemplo à prole.

Isabel Noeme – apoio na Propama e mãe da Raíssa e da Sara

As filhas Raíssa e Sara Forte tiveram a mãe como exemplo de independência

Há 20 anos na PGE-CE, Isabel Noeme relata que o equilíbrio entre mãe e profissional foi relativamente fácil porque começou a trabalhar ainda muito nova. “Quando cheguei aqui, as minhas filhas eram adolescentes, tinham 12 e 14 anos. Para elas, foi muito bom porque se tornaram mais independentes. Para mim, foi uma maneira de me realizar profissionalmente”, explica. Antes, ela já trabalhava por conta própria, mas tinha uma renda variável. “Aqui, aprendi a fazer meu planejamento financeiro, já que meu dinheiro era fixo. Sabia quanto eu ia receber, ao contrário do que era antes”, orgulha-se a profissional que atua no apoio aos procuradores da Procuradoria do Patrimônio e do Meio Ambiente (PROPAMA) na PGE-CE.

Para Isabel, ter uma mãe trabalhadora contribuiu para que as filhas buscassem a própria autonomia. Hoje, já não dependem financeiramente da mãe, trabalham e vivem em suas próprias casas. “Agradeço e acho que foi muito importante essa relação de eu não estar o tempo todo com elas. Isso contribui para o engrandecimento tanto de mãe quanto de filhos”, esclarece.

 

Jozielma Viana – analista na Coordenadoria Administrativo-Financeira e mãe do Eric

Jozielma é a mãe do Eric há oito anos. O trabalho na Procuradoria-Geral teve início há 15 anos

A força e a vontade de uma mãe, além do amor materno, são transformadoras, explica a analista Jozielma Viana. O trabalho na PGE-CE é anterior ao nascimento do filho único, Eric (8 anos). Já são 15 anos de atuação na Procuradoria-Geral, dos quais cinco no atual setor, a Coordenadoria Administrativo-Financeira. “Hoje como mãe, profissional, mulher, a gente não pode dizer que é uma rotina muito fácil, mas acho que, depois de ser mãe, a nossa determinação fica inacabável”, compara.

Para ela, como ser humano e como profissional, a maturidade cresceu com o exercício da maternidade. “O ângulo de visão da gente aumenta com certeza. Amo o que faço aqui na Procuradoria. Acho que me dá um certo equilíbrio ter esse emprego porque eu posso prover para o meu filho o que toda mãe sonha em prover quando ele nasce”, explica. Uma experiência da qual Jozielma se lembra com carinho é como o filho gostou de conhecer o local de trabalho dela. Nos primeiros meses da pandemia, com a dificuldade de algumas mães de terem onde deixar as crianças, ela precisou trazer o filho à PGE-CE algumas vezes. “Ele achou o máximo e disse: ‘Mamãe, por isso que você é muito feliz, porque o seu trabalho é muito legal!’ Então ele conseguiu ver o que eu transparecia para ele no dia a dia”, conta com orgulho.

Liliane Freitas – analista da Central de Licitações e mãe da Yasmin

A servidora conseguiu concluir o mestrado quando a filha tinha oito meses

O foco no crescimento pessoal e profissional de Liliane Freitas cresceu com a chegada da filha única, Yasmin, de três anos. “A gente tem essa necessidade de cuidar de nós, da nossa profissão, da nossa carreira e da nossa família. Então todos os dias tento fazer o melhor que posso em relação a tudo isso”, destaca a servidora pública que trabalha na Central de Licitações com a padronização dos editais.

A servidora considera que Yasmin precisa do melhor dela e tem se esforçado para realizar os próprios sonhos. Para ela, a filha ensina o tempo todo. No caso de Liliane, que sempre gostou de estudar, o sonho da maternidade e o sonho do mestrado seguiram lado a lado. “Aconteceu tudo junto. Depois de entrar no mestrado, já estava gestando a Yasmin. Fiquei um pouco receosa se iria conseguir dar conta de trabalhar, estudar e ter uma filha”, conta. Apesar de ter pensado em adiar a defesa da dissertação que aconteceria em meio a uma pandemia e com uma filha de apenas oito meses, o mestrado foi concluído no tempo inicialmente programado. “No final deu tudo certo. A partir dali, percebi que a gente consegue, sim!”, comemora.

Thaís Frota – procuradora do Estado na Procuradoria Fiscal e mãe do Gabriel e do Mateus

Maternidade e crescimento profissional foram sonhos que a procuradora do Estado buscou paralelamente

Concretizar os objetivos de se tornar procuradora do Estado do Ceará e de ter mais um filho tornou-se realidade quase ao mesmo tempo para Thaís Frota. “A realização do sonho de ser empossada veio quando o meu segundo filho tinha dez meses. Os meus estudos foram concomitantes ao nascimento dos meus filhos”, conta a mãe do Gabriel (3 anos) e do Mateus (1 ano). Ela tornou-se servidora estadual em 2022 e atua na Procuradoria Fiscal da PGE-CE. Desde 2004, Thaís já era servidora pública federal.

Conciliar a maternidade com o exercício profissional precisa ser muito bem administrado, conta. “Quem é mãe sabe o turbilhão de novas experiências, de sentimentos, de mudanças de valores que a maternidade traz pra gente! Foi e continua sendo uma das experiências mais incríveis da minha vida”, relata. Tornar-se mãe, diz Thaís, a fez querer ser uma pessoa melhor. Ao mesmo tempo, exercer a multiplicidade dos papéis que pode desempenhar é uma busca constante. “Eu não sou só mãe. Eu sou esposa, eu sou mulher e eu sou servidora pública. Espero que esse exemplo sirva para eles: de que podem alcançar e correr atrás de tudo que considerem importante”, ressalta.